Dia da nossa matéria prima: o Algodão!

O algodão é usado como matéria prima para muitos produtos. Mas você já parou para pensar onde tudo começa? Hoje, dia 29 de junho, é comemorado o Dia do Algodão devido à um típico evento que acontece em Goiás. A gestora Solange Schwarz e o colaborador Carlos Gerker, ambos da Fiação, nos contam sobre essa rica matéria prima, desde seu cultivo até ao produto final! Ficou curioso? Clique aqui e confira um conteúdo especial sobre o Algodão!

Algodão

Podemos dizer que é na natureza onde tudo começa, quando pegamos uma semente, introduzimos ela no solo, regamos e deixamos a natureza fazer o seu papel.

Isso, porém, parece muito simples, mas, assim como em outros cultivos, o algodão tem algumas particularidades, como por exemplo a escolha e preparo do solo: fundamentais para que a planta se desenvolva e receba os nutrientes adequados. Também temos a seleção das sementes, cuja escolha deve ser cuidadosa para obter uma colheita uniforme e com bom rendimento. Outro fator essencial é o clima adequado para que a planta possa se desenvolver na sua plenitude. O controle de pragas também é fundamental para atingir bons níveis de qualidade e produtividade.

Para que sejam atingidos bons níveis de qualidade da pluma e produtividade na lavoura, é muito importante a aproximação entre indústria e produtor, como ocorre a cada ano na maior região produtora de algodão do país, através de um workshop nacional sobre qualidade do algodão. A Buddemeyer também esteve presente nas últimas edições com representantes do setor de fiação, fomentando essa troca de experiências.

O algodão possui diversas características intrínsecas, as quais são fundamentalmente importantes de serem compreendidas afim de fazer uma seleção adequada da matéria prima para os nossos produtos. Algumas das características que compõem o algodão são: tipo, comprimento de fibra, resistência, micronaire, grau de reflexão e amarelamento, maturidade, caramelização, entre outras. Cada item requer atenção especial no momento da seleção, pois influenciam no seu valor de mercado, na qualidade do fio e, consequentemente, no produto final.

O algodão é responsável por uma das principais cadeias produtivas do Brasil e do mundo. Esse produto responde por uma parcela significativa do produto interno bruto (PIB) do país e emprega, direta e indiretamente, milhões de pessoas. Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores mundiais, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão e também tem figurado também entre os maiores exportadores mundiais. A área total de algodão cultivada no nosso território já ultrapassou um milhão de hectares.

As espécies de algodão mais conhecidas vieram da África Central, da península Arábica, do Paquistão e das Américas, regiões onde há registros que datam de 3.000 a 4.500 anos a.C. e seu nome vem do termo árabe “al-quTum”, que significa pelo ou felpa que se desprende de certos tipos de tecidos.

Pouco se sabe de sua pré-história no Brasil, mas quando os primeiros europeus desembarcaram aqui, já haviam índias cultivando a planta e a transformando em fios e tecidos rudimentares. A exploração comercial dessa cultura no território nacional começou mesmo em 1750 durante o ciclo do algodão, quando o Brasil chegou a ser um dos maiores produtores e exportadores mundiais dessa fibra. Atualmente, o Mato Grosso responde pela maior parcela da produção brasileira de algodão em pluma e em caroço. Como grandes estados produtores também figuram Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.

O uso mais conhecido do algodão é na indústria têxtil, porém sua utilização é mais ampla, como na produção de óleo comestível, biodiesel, misturas para rações animais e adubos.O algodão hidrófilo, por sua vez, tem amplo uso em curativos, cirurgias, produtos de higiene da pele. Já na indústria bélica, é empregado na preparação de pólvora e em explosivos. A celulose da planta é usadana fabricação de papel moeda.